É meio-dia e Kevin (25), Joe (23) e Nick Jonas (20) se curvam para sair do terraço do hotel Sheraton, Vinã del Mar. A saída camuflada tem uma explicação: milhares de fãs na porta do hotel dispostas a gritar a qualquer sinal do trio, e isso é algo que os seus seguranças querem evitar a todo custo durante a limitada sessão de entrevista.
O primeiro a sair é Joe, que não pode esconder sua cara de recém-acordado, seguido por Kevin e logo após por Nick, o mais novo e economizador, mas também o que as meninas mais cercam e o que teve mais extensão na carreira solo. O adjetivo “awesome” (incrível) é sua palavra preferida e a repete indefinidamente para simplificar as respostas relativas aos seus fãs, ou a sua carreira. No entanto, atrás deles aparece uma equipe de 40 pessoas que seguem o trio de Nova Jersey, a maioria deles responsáveis pela filmagem do reality show “Married to Jonas”, que no ano passado se focou na vida de Kevin e sua esposa, Danielle Deleasa, e vai agora se concentrar no retorno dos “ex-garotos da Disney”, depois de dois anos de hiato.
Todos parecem um pouco cuidadosamente desleixados. Com um pouco da barba por fazer, e roupa casual. No entanto, é tudo planejado. E, de foto em foto, uma assistente aparece para “bagunçar” um pouco o cabelo, arrumar suas golas ou ajeitar suas lentes. Eles, acostumados, não fazem nada e a deixam trabalhar.
Ali começa a conferência com “La Razón”, que viajou especialmente ao Chile, onde se deu a turnê, antes de continuar na Argentina. No sábado, serão destaque do último dia do Personal Fest Verano 2013, em Córdoba, tocando, no domingo, no Estádio de Ferro de Buenos Aires.
LR: “Por que a América Latina foi o lugar escolhido para sua primeira turnê após o retorno?”
Kevin explica: “Porque as pessoas por aqui são muito apaixonadas, e sentimos que isso é verdadeiro. São muito honestas quanto ao amor que nos transmitem, e nos servirá para conhecermos a reação às novas músicas” (o grupo está prestes a editar um disco em estúdio depois de quatro anos, e ,nos shows do Chile, apresentaram novos temas).
LR: “Como tomaram a decisão de voltar a tocar juntos?”
Kevin: “ Cada um fez coisas individuais no ano passado e este era o melhor momento para voltarmos a nos juntar. Assim que o fizemos, sentimos a ligação. Passamos muito tempo no estúdio, começamos testes e aí surgiu a oportunidade de sairmos novamente em turnê. ”
Joe: “Ao nos reunirmos novamente nasceu a inspiração e nos demos conta de que era o melhor momento para concretizarmos o projeto, lançarmo-nos com algo novo. Trabalhamos muito duro para isto e resultou em algo muito ‘funny’ (divertido) para os fãs.”
Os mais velhos lideram a entrevista, facilitando para o menor, Nick, que se limita a adicionar algo, a não ser quando a pergunta é direcionada a ele.
LR: “Nick, que lembranças tem da Argentina?”
Nick: “Estamos muito ansiosos para retornar. Sabemos que os fãs nos esperam. Esta será a terceira vez que vamos à Argentina”, sustenta, demonstrando conhecimento. “Obviamente que me lembro dos fãs. Todos os shows que fizemos na Argentina estão entre os favoritos. São os melhores fãs do mundo. Além disso, é um país bonito e de culinária rica. Sempre permanecemos por muito tempo porque queremos comer muito (risos)”, complementa Joe, o qual reconhece que “às vezes, isso é meio que um trabalho”, ao falar sobre o lado negativo de ser uma estrela do rock.
Nesta nova etapa de suas carreiras, é inevitável notar que o mercado da música adolescente cresceu rapidamente. E, ainda que os Jonas tenham sido os pioneiros da nova geração de artistas jovens que conquistaram as adolescentes dos últimos tempos, hoje em dia há outros nomes como a One Direction que poderiam construir seu império.
“Acredito que os meninos da One Direction sejam bons, mas há detalhes que nos separam. Nós tocamos instrumentos e essa, creio, é a grande diferença entre nós. Eles estão na deles, vão muito bem e fico feliz por isso, mas nós estamos focados no que fazemos. Aliás, se houve oportunidade para nós, por que não haverá para os demais?” Explica Joe, em respeito aos britânicos que, sem dúvidas, foram os ícones teen de 2012.
LR: “Por último, Nick, ainda pretende ser presidente dos Estados Unidos, um dia?”
Nick: “ Sim, quem sabe num futuro distante, mas continuarei trabalhando na minha campanha”, afirma o jovem que reconhece que, se não fosse músico, estaria ganhando a vida “jogando cartas”.
larazon.com.ar | JBR
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