O sucesso na organização do show da banda Jonas Brothers no Estádio Canindé, no dia 7 de novembro, deixou a diretoria da Portuguesa bastante satisfeita. Com uma boa renda e sem prejuízos estruturais ou no gramado, o clube agora tenta colocar sua arena como uma alternativa para grandes eventos de entretenimento na capital paulista, segundo explicou o gerente de marketing Fábio Porto.
"Não posso divulgar o valor arrecadado, mas posso falar que, comparado às outras opções de São Paulo com espaço equivalente, foram números muito bons e muito próximos de outras estruturas que têm feito até mais shows. O valor acertado entre a gente e a empresa organizadora foi bem perto desta realidade de mercado", afirmou o dirigente nesta quinta-feira.
A parceria para a vinda do Jonas Brothers ao Brasil foi feita com a produtora Tickets 4 Fun (T4F), que já estuda e negocia novos eventos no Canindé. Cerca de 15 mil pessoas assistiram ao evento, mas a capacidade do local pode chegar a 35 mil, dependendo da formatação do espetáculo, já que no show do Jonas Brothers a organização colocou cadeiras no espaço do gramado.
"Tivemos resultados muito interessantes em termos de estrutura, porque conseguimos atender necessidades de acesso para quem veio ao show, tanto de carro, pela Marginal, como de metrô, trem e ônibus", afirmou Fábio Porto. Assim, a intenção do clube é seguir os passos do São Paulo, clube que lucra muito com eventos no Morumbi. Concorrer com a arena são-paulina, no entanto, não é uma opção.
"No Morumbi você tem megaeventos, que, pela capacidade, não temos condição de fazer. São para 60, 70 mil pessoas, usando o gramado. A gente considera concorrência direta o Pacaembu, que tem problemas com a associação de moradores locais, e o Parque Antarctica, que hoje não está operando", explicou o gerente de marketing, citando as obras de reforma no estádio do Palmeiras.
"O Morumbi deve entrar em obras no futuro também, mas, dependendo do show, a gente não vai ter como receber tanta gente. Quando o Morumbi fechar, isso vai ser uma incógnita. Nosso mercado não é para megashows", complementou Fábio Porto, atento às limitações do clube rubro-verde diante do crescente mercado de eventos de entretenimento.
Fonte: Terra
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